Em resposta, EMTU disse que pretende buscar alternativas com a Prefeitura
Comerciantes da Rua da Constituição, no Centro de Santos,
não querem que o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) passe
pelo lado esquerdo da via, como está previsto na implantação
da fase 2 – trecho Conselheiro Nébias – Valongo.
Nesta quinta-feira (27), durante audiência pública de
apresentação do Estudo e o Relatório de Impacto Ambiental
(EIA-Rima) dessa segunda etapa do projeto, eles criticaram
a proposta da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos
(EMTU) e da Prefeitura.
“Esperamos que nos escutem um pouco, no sentido de
passar o VLT para o lado direito da rua. Isso facilitaria a carga
e descarga. Aquele local tem um trânsito considerável,
[se ficar assim] vai dificultar o comércio. Eu, por exemplo,
recebo cargas de vidro em caminhões. E é bem na parte
onde o VLT está planejado passar”, explica o comerciante
Carlos Alberto Pizzoli.
O comerciante Paulo Marques de Oliveira também insiste na
mudança. “É uma preocupação não poder estacionar do lado
esquerdo, porque 80% das lojas e oficinas estão ali. Muito
melhor é passar para lado direito”, diz.
Em resposta, a EMTU destacou que o VLT não impedirá o
acesso de veículos às lojas que tenham garagem. Quanto
aos caminhões que abastecem o comércio, a empresa
pretende buscar alternativas junto com a Prefeitura, como
horários alternativos para carga e descarga. A Rua da
Constituição, que atualmente tem três
faixas, ficar apenas com duas, de acordo com o projeto. Será
compartilhada, uma para o VLT e outra para carros, sem locais
de estacionamento.
E as desapropriações?
A EMTU apresentou estudos detalhados, incluindo possíveis
ruídos, vibrações, contaminação do solo e da água que podem
ser provocados pelas obras do VLT e as maneiras de diminuir
esses impactos. Chegou a catalogar 337 árvores que estão no
traçado e podem sofrer intervenções (muitas serão arrancadas).
Entretanto, não foram apresentados números sobre
desapropriações. O presidente da EMTU, Joaquim Lopes, tratou
do assunto como “manchas” no mapa, sem detalhar quantas
casas e comércios precisarão ser demolidos.
As “manchas” são pontos no traçado, onde serão as curvas do
VLT (esquinas). São eles: esquina das ruas Doutor Cochrane e
João Pessoa, Visconde de São Leopoldo e São Bento, Amador
Bueno e Constituição, Campos Mello e Avenida Francisco Glicério,
Avenida Conselheiro Nébias e Avenida Francisco Glicério.
Leia a matéria completa na edição desta sexta-feira (28) de A Tribuna.
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